De Repente 17
28/05/2014 19:03Ontem eu estava lá, na escola, era um garotinho pequeno, sentindo tédio e desejando ter meus 17 ou 18 anos para ser "autossuficiente", talvez. Sempre cresci com essa mentalidade de querer levar responsabilidade em tudo. Enquanto as outras crianças brincavam, eu estava lá, sentado, pensando que não fazia sentido brincar com um monte de moleques. Não sei se é por inocência ou pela falta dela; se pela falta de infantilidade ou pelo excesso do desejo pela responsabilidade. Eu pensava: "com 17 ou 18 anos vou fazer muitas coisas" realmente faço muitas coisas... Mas aquele tempo não seria a hora certa de sonhar isso. Talvez deveria ter aproveitado o carinho e o amor das pessoas, não que me falta hoje, mas que eu poderia aproveitá-lo ao máximo. Pudesse eu ter aproveitado mais o tempo em que eu cabia no colo da mãe, o tempo em que eu poderia chegar em casa e não entender o que era problemas, o tempo em que pensava eu que todas as pessoas são super-heróis...
De repente, 17 anos. De repente responsabilidades que eu tanto queria, de repente problemas que eu não entendia... De repente a vida me mostra uma realidade dura de mais... Ela mostra, então, uma vida que não era tão "prazerosa" como eu imaginava. Talvez tivesse que acontecer isso para que eu pudesse edificar-me a mim.
É incrível como tudo passa tão rápido! As lembranças assustam pela clareza que temos ao imaginá-las. Basta fechar os olhos que voltamos ao passado em questão de milésimos... Só não dá para voltar atrás.
O tempo é duro e não permite que o altere. É como se estivéssemos escrevendo numa folha infinita na qual não poderíamos consertar a palavra do lado... Mas que só fosse possível escrever...
Assim também é a vida: só podemos viver, viva antes que seja tarde de mais! Sonhe, mas cuidado, aproveite a inocência que há no sonhar.